A garota passava na rua com o baseado apagado. Perguntava a quem passava, com as palvras emboladas saindo dos lábios ressecados, se tinha algum isqueiro. A maioria não respondia, alguns diziam que não. A garota ria espafalhatosamente cada vez que era ignorada ou negada.
Chegou em casa tarde da noite. Sua mãe foi dá-la uma bronca. Passou minutos falando e a garota não escutou uma palavra da qual a mãe falava. Começou a chorar sem motivo aparente. A mãe abandonou o quarto da garota, desistindo da desatenção da filha, sem imaginar o que estava por trás de tudo aquilo.
Passaram-se dias, e semanas e poucos meses, sem que a família desatenta percebesse nenhuma alteração no comportamento e na saúde da garota, sem contar com alguma tosse freqüente, escarros com sangue, grande mal-estar e perda de apetite. Aos poucos a mãe começou a preocupar-se com os sintomas e levou-a em um médico.
A garota fez uma bateria de exames. O resultado demoraria algumas semanas para sair. Cada vez seu estado piorava.
No dia em que sua mãe foi buscar seus exames, a garota estava péssima. Mal conseguia respirar, deitada em sua cama.
A mãe levou os exames para o médico analisá-los. Ficou perplexa com o resultado.
Chegou em casa aterrorizada e foi conversar com a filha, que, deitada em sua cama, respirava mal. A mãe fez perguntas não respondidas a filha, preucupada. A garota tinha câncer de pulmão, e o estado da doença era muito avançado. Apenas o que restava era esperar.
Poucos dias depois, em uma madrugada, a garota não agüentou, seus olhos avermelhados pediam socorro. O ar parecia não entrar em seus pulmões e ela não conseguia pedir socorro. A morte chegou dolorosa e lentamente.
O que levou a garota a se drogar? E qualquer que tenha sido o motivo, será que valeu a pena essa conseqüência?
( Tema sugerido por Isys Tubino )
terça-feira, dezembro 16
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3 comentários:
Amanda, ficou realmente espetacular ... você escreve perfeitamente bem ! *---* Parabéns (:
Brigadão Isys,
e obrigada também pela idéia do tema.
de nada ! *--*
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